Na região norte do Brasil, desde os tempos da colônia se dançava uma dança de origem africana chamada Carimbó, tocada com tambores de tronco de árvores enormes afinados a fogo. A dança era solta e super sensual, com movimentos onde a mulher tentava encobrir o homem com a saia e muitos giros. O Carimbó foi evoluindo e ganhando cara nova tanto na música como na dança. Musicalmente foi sofrendo uma influência muito forte da música Caribenha em virtude da proximidade física. A lambada passou a ser dançado por duplas abraçadas ao invés de duplas soltas. Assim como o forró, a lambada tem na polca sua referência principal para o passo básico, somando-se o balão apagado, o pião e outras figuras do maxixe.
A lambada tinha como principal característica os casais abraçados. Era uma exigência tão forte que, quando da realização de alguns concursos, aqueles que se separassem eram desclassificados.
No exterior e aqui, a lambada torna-se um grande sucesso e em pouco tempo estava presente em filmes e praticamente todos os programas de auditório aparecendo até em novelas. A necessidade do espetáculo faz com que os dançarinos criem coreografias cada vez mais ousadas, com giros e acrobacias. De todas, o zouk foi o ritmo que melhor se encaixou na nossa dança tornando-se a principal música para dançar lambada. Esta passa a ser dançada com um andamento mais lento, com mais tempo e pausas que praticamente não existiam na música lambada, permitindo explorar ao máximo a sensualidade, plasticidade e beleza da nossa criação. Os movimentos ficaram mais suaves e continuam fluindo, modificando-se à medida que ela incorpora e troca com outras modalidades.

Encontramos lambaterias e professores de lambada em diversos pontos do planeta e ainda que a chamem de zouk, muitos viveram e vivem dela até hoje. O Kaoma foi uma banda criada por empresários franceses depois do "congelamento" do ritmo aqui no Brasil. Fez muito sucesso no exterior e quando voltou ao Brasil, teve uma explosão de pessoas dançando. O hit da banda foi "Chorando se foi", que até hoje pode ser ouvidas em casas dançantes e, também, em karaokês-bar. Esse ritmo teve altos e baixos, e depois da segunda vez do sucesso aqui no Brasil, a dança foi se modificando. Os dançarinos começaram a modelar a dança mais uma vez, alcançando assim sua forma original menos acrobática e mais suavizada onde o contato com o parceiro tem seu valor resguardado. Assim foi surgindo o hábito de se utilizar ritmos Caribenhos como Salsa, Merengue, ZOUK entre outros para se dançar o que se fazia antes com as lambadas brasileiras. Kaoma, Banda Styllus, Lá Compagnie Creòle, Arrow, Banda MEL, Reflexus, Missinho, José Orlando, Alípio Martins, Márcia Ferreira, Paulinho do sax, Teixeira de Manaus e Mario Gonçalves são alguns exemplos de bandas e cantores da lambada.


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